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3 PASSOS PARA AJUDAR UM CÃO ANSIOSO

Escrito por Adaptil, publicado em 26 Março 2020

Se o seu cão faz parte dos 82% dos cães que têm medo de pelo menos uma coisa, ele pode sofrer de ansiedade continuada. Sabe como o pode ajudar?

A ansiedade pode ser definida como a antecipação de um evento negativo, que pode ou não ser real. Está fortemente ligada ao medo que é experienciado quando um individuo é confrontado com uma ameaça. No entanto, enquanto o medo é uma resposta direta a uma ameaça real, a ansiedade existe mesmo na ausência de um evento específico.


Sabe-se que 82% dos cães tem medo de pelo menos uma coisa, pelo que, o potencial para sofrerem de ansiedade continuada é grande.

A melhor forma de ajudar o seu cão é ser um tutor informado. Saber como a ansiedade afeta os nossos cães, permite-nos atenuar o problema. É por isso que Março foi oficializado como Mês da Ansiedade em Cães e Gatos, para consciencializar e ajudar os tutores a enfrentar a ansiedade para que possam dar aos seus cães vidas ainda melhores.

O primeiro passo: identificar os sinais de ansiedade

São muitos os sinais de ansiedade que o cão exibe na tentativa de nos dizer que algo não está bem. Alguns desses sinais são fáceis de identificar, outros podem ser mais subtis e passar despercebidos ao mais atento dos tutores.

cão com medo escondido debaixo do armário

A maioria dos tutores que conhecem bem o seu cão é capaz de dizer que ele não está contente apenas com um olhar. Mas será que sabe identificar a linguagem corporal específica associada a ansiedade? Os sinais que podem indicar um estado emocional de ansiedade incluem:

  • lamber os lábios (na ausência de comida)
  • bocejar (normalmente para comunicar insegurança)
  • arfar (sem ser devido a exercício físico)
  • hipervigilância, andar de um lado para o outro (inquietação)
  • orelhas para trás e/ou coladas à cabeça
  • tremer (sem ser de frio), esconder-se, encolher-se
  • lamber-se a si próprio ou outros (pessoas, animais)
  • levantar a pata da frente (mas permanecer no mesmo sítio)
  • cauda para baixo, entre as patas traseiras
  • pupilas dilatadas
  • mudanças no padrão de sono (dormir mais) e alimentação
  • evitar situações desagradáveis focando-se noutra coisa (ex. cheirar o chão, virar-se para outro lado)
  • diminuição da interação social (menos brincadeira)

É importante saber reconhecer os padrões comportamentais normais do seu cão e estar atento ao contexto em que os mesmos são exibidos. Alguns comportamentos podem indicar medo/ansiedade num determinado contexto e contentamento noutro. Por exemplo, as pupilas podem dilatar na presença de medo, mas também ao avistar um petisco saboroso. Um cão pode arfar porque acabou de dar uma corrida divertida ou porque está perante uma situação que lhe causa stresse (como por exemplo na sala de espera do veterinário).

Segundo passo: identificar causas de ansiedade

Assim como nos seres humanos, há muitas causas de medo e ansiedade nos cães. Às vezes, basta uma coisa nova e desconhecida para fazê-los sentir-se desconfortáveis. A personalidade e temperamento, a genética, a idade e a saúde geral do seu cão também afetam a sua predisposição para sentirem ansiedade.

cão a olhar para o aspirador

Alguns gatilhos comuns causadores de ansiedade no cão incluem:

  • Barulhos fortes. Os cães têm uma audição diferente da dos humanos. Por isso, sons como fogos de artifício, música alta e tráfego podem ser assustadores ou surpreender o seu cão.
  • Novas pessoas. Pessoas desconhecidas também podem ser assustadoras. Às vezes, um simples acessório como um chapéu ou óculos escuros, podem fazer como que o cão se surpreenda e fique mais cauteloso ou nervoso perante novas pessoas.
  • Outros animais. Nem todos os cães são sociais. Alguns precisam de tempo para se ajustarem a novas amizades com outros cães, outros preferem mesmo ser mais solitários.
  • Mudanças no seu ambiente. Os cães gostam de ambientes familiares e acolhedores e de rotina para se sentirem seguros. Qualquer mudança no ambiente, um novo objeto de decoração ou um piso novo estranho, pode causar preocupação e ansiedade no seu cão.
  • Passeios de carro. Embora uma viajem de carro pareça divertida, o cão pode não entender o que se está a passar e o movimento do carro juntamente com todos os ruídos pode ser perturbador, principalmente nas primeiras vezes. Se a introdução às viagens de carro não for feita de forma gradual e positiva, o carro pode ser passar a ser sinónimo de ansiedade.
  • Ansiedade de separação. Deixar o cão sozinho pode deixá-lo ansioso, principalmente se não estiver habituado. Treinar e tranquilizar o seu cão pode ajudá-lo a lidar com a ansiedade sentida durante a separação. Existem várias formas de minimizar o desconforto psicológico associado a ficar sozinho.
  • Idade. Às vezes, os cães mais velhos podem experimentar uma perda gradual de consciência, memória e perceção, conhecida como síndrome da disfunção cognitiva (CDS), o que os pode deixar ansiosos ou confusos.
  • Experiências negativas. Embora alguns cães sejam naturalmente mais ansiosos que outros, muitas vezes, uma única experiência negativa pode criar problemas contínuos de ansiedade.

Terceiro passo: como prevenir ansiedade e ajudar cães ansiosos

São vários os pontos a considerar quando queremos prevenir a ansiedade no cão ou ajudar cães que já são ansiosos. Há que pensar nas suas necessidades como espécie e tentar ao máximo providenciar tudo o que necessitam para que possam praticar o seu comportamento natural.

Doença e Dor

A primeira coisa que deve fazer, se nota que o seu cão anda ansioso, é levá-lo ao veterinário. Doenças de pele, problemas digestivos e doenças que causem dor estão associadas a ansiedade generalizada. Por exemplo, um cão que sofra de artrite pode antecipar que vai ter dor ao levantar-se o que vai provocar ansiedade. É por tanto necessário certificar-se que tudo está bem com a saúde do seu cão antes de considerar outros possíveis motivos para a sua mudança de comportamento. Uma ida ao veterinário irá tranquilizá-lo a si e ajudá-lo a considerar outras causas de stresse.

cão a dormir ao colo do tutor

Interações com humanos e outros animais

Para que o cão associe as interações com humanos e outros animais a uma coisa positiva, é necessário deixá-lo sentir que tem alguma opção de escolha sobre essas interações. Por isso, devemos dar-lhe oportunidade para controlar se se aproxima ou se se afasta e durante quanto tempo mantém uma interação.

É importante evitar qualquer castigo ou métodos de treino baseados em castigo para reduzir comportamentos indesejados, pois isso só aumentará os níveis de medo e ansiedade.

Se o seu cão mostrar sinais de medo ou ansiedade, não tenha medo de o confortar com atenção e algumas festas. O pior que pode acontecer é ele procurar por si da próxima vez que se sentir stressado.

Socialização

Para muitos cães, o treino de socialização enquanto cachorros (de 8 a 16 semanas) é a melhor maneira de evitar ansiedades e medos posteriores. Expor o seu cão a uma ampla variedade de situações, pessoas e experiências é uma boa maneira de estimular a curiosidade, para que ele não reaja com medo a circunstâncias desconhecidas.

Para melhor preparar o seu cão para situações e atividades do dia-a-dia deve fazer uma adaptação gradual, inicialmente adotando rotinas previsíveis passando depois para rotinas mais variáveis. Deste modo o cão aprende a esperar o inesperado permitindo-lhe lidar melhor com senários imprevisíveis quando estes ocorrem.

Não se esqueça que a exposição a novas situações potencialmente stressantes deve ser sempre feita de forma controlada, aumentando a intensidade gradualmente e respeitando os limites do cão, para que a experiência seja sempre positiva e não cause medos e ansiedade futuros.

cão com bola na boca a ser abraçado pelo tutor

Terapia com feromonas

Para que o seu cão se sinta seguro e tranquilo em todas as ocasiões é necessário reduzir os níveis de stresse e ansiedade. ADAPTIL oferece uma gama completa pensada para todas as idades do seu cão, para os ajudar em todas as situações.

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